Pajens, cavaleiros, reis e imperadores.
Gosto de brincar com o conceito de alguns símbolos do baralho.
A analogia das cartas com a vida, ampliou minha consciência sobre a necessidade de desenvolver algumas competências necessárias para a vida adulta, e funcionou como um farol na escuridão direcionando meu barco para águas mais calmas.
Comecei a vida como uma pajem de copas, imatura, ofertando amor incondicional de maneira desmedida pouco recíproca e muitas vezes ressentida.
Na faculdade me tornei uma “princesa de ouros “ afundada nos livros.
Formada, me transformei na rainha de copas, uma superempata viciada em contribuir com a vida alheia.
Naturalmente minha rainha de copas, bem intencionada mas muito inocente entrou em exaustão e fui resgatada pela minha “ rainha de espadas”, que definiu minhas fronteiras eliminando de maneira incisiva tudo o que era abusivo e pouco recíproco.
Fronteiras definidas, emergi um tanto rígida, sequelada deste árduo processo de individuação .
Terreno limpo e muita energia sobrando com a reconfiguração das minhas conexões e identidade, incorporei a rainha de ouros, e mergulhei até a ponta da coroa em uma reforma exaustiva.
Minha rainha de ouros sucumbiu, sem colorido, com sobrepeso e desesperançada após a batalha com 4 pedreiros 😂
Eis que surge a rainha de Paus para resgatar minha rainha de ouros…intuitiva, divertida e feminina, trazendo água de coco, música e sombra pra minha lavoura.
Compadecida das 4 rainhas que se revezaram loucamente em ciclos de exaustão e resgate, decidi convocar essas quatro forças da natureza para uma coexistência pacífica e equilibrada.
Hoje revisitando minhas batalhas, reconheço que no final das contas, minhas rainhas lutaram o bom combate.
E agora posso inaugurar uma nova fase, mais democrática, menos impulsiva, sem exaustão, sem sobreviventes e sem campanhas de resgate.
Quero exercitar agora a Era da Imperatriz, a soma das quatro rainhas que habitam em mim: Paus ( fogo), Ouro ( matéria), Espadas (fronteiras) e Copas ( amor).
A Era do equilíbrio, da harmonia, do usufruto.
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