A lei da atração 🐳

Há quem acredite que os opostos se atraem. Eu tenho convicção que somos atraídos pelos nossos iguais.

Intuitivamente buscamos pessoas que vibram na mesma frequëncia, como baleias que emitem ondas sonoras inaudíveis para outras espécies.

Quando reconhecemos no outro a rigidez ou a liberdade, o controle ou a autonomia que existem em nós... sentimos uma atração magnética.

Compreendemos rapidamente que ali está alguém que vai reforçar a crença do que acreditamos ser o mundo, as pessoas e nós mesmos.

Nós Interagimos com “nossos iguais”, usando “habilidades opostas”:

Podemos exercer o controle falando, calando, ironizando...tudo é controle.

Podemos nos opor gritando, chorando ou adoecendo...tudo é oposição.

Podemos persuadir argumentando, induzindo ou seduzindo, tudo é persuasão.

Como narcisos fascinados pelo nosso espelho, escolhemos interagir com quem somos:

*Toleramos a mentira do outro porque não somos honestos com nós mesmos.

*Toleramos as manipulações do outro, porque no fundo somos controladores também.

*Toleramos a dependência do outro, porque dependemos de alguém que precise de nós.

*Toleramos a violência de todos os tipos, porque afinal, nos agredimos o tempo todo negando sistematicamente nossa identidade, nossos desejos e nossos limites.

Uma pessoa perfeccionista e autoritária sentirá uma atração irresistível por alguém pouco resiliente e manipulador. São iguais na rigidez e no controle.

Uma pessoa fortemente apegada à família de origem será atraído por quem busca uma mãe/pai na relação ou que seja igualmente apegado “ao comando” da sua própria família.

A afinidade vem do reconhecimento de que “meu mundo estará seguro com você.”

As dissoluções ocorrem quando, em algum momento, não nos reconhecemos no outro e a familiaridade dá lugar ao estranhamento.

Quando a interação ( conjugal, profissional, ou de amizade) parece uma viagem a um lugar estranho, e sentimos saudades de casa, é hora de cantar no oceano e atrair os seus iguais.